Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão desenvolvendo uma tecnologia que permite que simples tatuagens se transformem em monitores de glicose em pacientes diabéticos.
Capitaneado pelo pós-doutor Paul Barone e pelo professor Michael Strano, o projeto pretende não apenas eliminar os testes diários (que envolvem furar o dedo e utilizar o sangue para medir os níveis de glicose), como torná-los mais preciso.
"O diabetes é um problema sério, de âmbito mundial, e apesar de décadas de avanços na engenharia, a nossa capacidade de medir com precisão a glicose no corpo humano continua sendo bastante primitiva", diz Strano. "É uma questão de vida ou morte para um número crescente de pessoas.”
Para driblar essa situação, os pesquisadores desenvolveram uma “tatuagem” feita com uma tinta especial. Nela, nanopartículas são inseridas abaixo da pele (como em qualquer tinta de tatuagem) e seus nanotubos de carbono envoltos em um polímero sensível à glicose são capazes de detectar a presença da substância.
Quando esses sensores são ativados, os nanotubos se tornam fluorescentes e um dispositivo semelhante a um relógio e que emite luz infravermelha poderá detectar a alteração. Assim, quanto mais forte for a fluorescência, maior é a taxa de glicose.
Além de monitorar as taxas de açúcar 24 horas por dia, a “tatuagem” precisaria de pouca manutenção – bastará ser reforçada a cada seis meses. Mas apesar das vantagens, os cientistas contam que ainda será preciso muita pesquisa até que o modelo possa ser testado em humanos.
Fonte: Portal EcoDesenvolvimento.
