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# Confirmado: todas as formas de vida na terra procedem de um único ancestral comum, diz estudo.

Há mais de 150 anos, Charles Darwin propôs uma teoria que parecia até tão estapafúrdia: todos os seres vivos compartilham a herança genética de um único antepassado remoto comum (UCA, em sua sigla em Inglês). Uma ideia que constitui um dos pilares dos quais esse grande cientista construiu sua teoria da evolução.

Toda a vida em nosso planeta teve origem em um único ponto, afirma Douglas Theobald. (Foto: Christian Jegou.)

A partir desse único organismo ancestral, a vida se diversificou na multiplicidade de formas que hoje povoa nosso mundo. Agora, um bioquímico da Universidade Brandeis, em Boston, Massachusetts, publicou na revista Nature o primeiro estudo estatístico em grande escala realizado para testar a veracidade da teoria.

E os resultados do estudo confirmam que Darwin estava certo. Em seu "Origem das Espécies, o naturalista britânico propôs que "todos os seres orgânicos que já viveram na Terra descenderam de uma forma primordial." Desde então, provas que confirmam a teoria se multiplicaram sob a forma de um crescente número de criaturas "de transição" entre umas e outras espécies no inventário de registro fóssil já encontrado, e também uma enorme quantidade de semelhanças biológicas a nível molecular.

Entretanto, muitos biólogos se perguntam agora se as relações evolutivas entre os organismos vivos são melhor descritos com uma única árvore genealógica ou, inversamente, com uma rede interligada de múltiplas árvores evolutivas, como uma teia de aranha. Nesse caso, a vida teria se expandido de forma independente em um número indeterminado de ancestrais e não de apenas um.

No entanto, de acordo com o bioquímico Douglas Theobald, autor do estudo, isso é algo que realmente não importa realmente. "Vamos dizer que a vida surgiu de forma independente em várias ocasiões. Algo que a idéia de UCA permite. E se assim for, a teoria sustenta que houve um gargalo no desenvolvimento, que só sobreviveu até os nossos dias os descendentes de um dos organismos independentes original.

Também é possível afirmar que, efetivamente, emergiram populações separadas; mas, através da troca de genes ao longo do tempo, teriam se convertido numa única espécie, o antepassado comum de todos nós. Em ambos os casos, tudo o que está vivo está geneticamente relacionado."

Usando computadores poderosos e aplicando fórmulas estatísticas rigorosas, Theobald estudou vários padrões de diferentes ancestrais existentes. E os resultados inclinam esmagadoramente a favor do UCA, um único ancestral comum. Na verdade, o UCA é, pelo menos, 102.860 vezes mais provável que ter haver múltiplos ancestrais.

UMA ESPÉCIE DE ESPUMA

Para sua análise, Theobald selecionou 23 proteínas comuns a todo o espectro taxonômico, mas cujas estruturas diferem de uma espécie para outra. Ele procurou estas proteínas em doze espécies diferentes, quatro para cada um dos três diferentes domínios da vida (Bactéria Archaea e  Eucaryota). O próximo passo foi desenvolver simulações de computador para avaliar as probabilidades de diferentes cenários evolutivos para produzir esta série de proteínas.

E foi aí que Theobald percebeu que os cenários evolutivos que começaram a partir de um único ancestral comum muito ultrapassaram os baseados em múltiplos ancestrais. "Simplesmente –- explica o cientista -- os modelos com um único ancestral comum explicaram melhor os dados, e, além disso eram os mais simples, ganhando em todos os aspectos. "

No entanto, o que deve ter esse ancestral comum e onde viveu? O estudo de Theobald não pôde responder a estas perguntas, muito embora o próprio cientista se permitiu especular: "para nós, deve se assemelhar a um tipo de espuma, talvez vivendo à beira do oceano, ou, talvez, nas profundidades, ao abrigo de chaminés geotérmica. Embora a nível molecular, tenho certeza que deve ter parecido tão complexa e bonita como a da vida moderna ".

Fonte: ABC.es. (Tradução: Leandro Lima.)

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