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# Os fantásticos peixes voadores

Peixes voadores (Exocoetus volitans) podem ser vistos saltando das águas quentes de praticamente todos os oceanos. Sua simplificada aerodinâmica em formato de torpedo ajuda a reunir energia e força o suficiente para poderem atingir velocidade debaixo d'água e saltarem sobre a superfície. E suas grandes barbatanas peitorais ajudam a se manterem planando no ar.

Imagem de um peixe voador em águas de Cabo Verde. (Foto: Claus Qvist Jessen.)

Acredita-se que esta incrível capacidade de "voo" é fruto de um processo evolutivo que a espécie sofreu, adaptando uma habilidade anterior da qual apenas podia deslizar sobre a superfície da água para escapar dos predadores, e que não são poucos.

Seus perseguidores incluem cavala, atum, espadarte, espadim e outros peixes maiores. Para seu sustento, a alimentação dos peixes voadores consiste de uma variedade de alimentos, incluindo o plâncton.

Há cerca de 40 espécies conhecidas de peixes voadores. Todas elas têm o corpo fino e crescem pouco, atingindo no máximo 45 centímetros. Além de suas utilíssimas nadadeiras peitorais, todas têm caudas bifurcadas desiguais, isto é, com o lóbulo inferior maior que o lóbulo superior. Muitas espécies têm ampliado as nadadeiras pélvicas e, por isso, também são conhecidas como peixes voadores de quatro asas.

Ao contrário do que se possa imaginar, esses bichos não voam como as aves, batendo asas para cima e para baixo. O que eles fazem, na verdade, é ganhar impulso para dar grandes saltos. Depois, abrem suas barbatanas para planar, ficando no ar por até 15 segundos. No voo, o mais comum é que as espécies cubram uma distância de, no máximo, 180 metros. Mas em saltos múltiplos os tipos recordistas conseguem planar por 400 metros.

O Brasil não tem os tipos tradicionais de peixes voadores, mas as águas amazônicas abrigam uma espécie parecida: o peixe-machadinha, que faz voos bem mais curtos, de 1,50 metro de distância.

Peixes voadores são atraídos pela luz, assim como um grande número de criaturas do mar e os pescadores se aproveitam disso com resultados substanciais. Canoas, preenchidas com água o suficiente para manter os peixes vivos, mas não o suficiente para lhes permitir impulsionar-se para fora, são afixadas luzes atraentes à noite para capturá-los às dúzias. Não há, atualmente, nenhuma lei ou estatuto que protejam esses animais.

Recentemente uma equipe do canal de televisão japonês NHK filmou um peixe voador planando no ar durante 45 segundos, o que pode ser o voo mais longo já gravado da espécie marinha.

Fontes: National Geographic (Tradução adaptada: Leandro Lima.); Wikipédia, a enciclopédia livre
e Mundo Estranho.

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