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# Ninguém tem um savoir-faire como o meu…

Bem, para os que desconhecem o significado desta palavra, savoir-faire (/sávua-fer/) é só uma termo chique de origem francesa para designar o conhecimento processual. Numa tradução livre possui o significado de saber-fazer. Mas, no mundo da Administração, principalmente aqui no Brasil, é cada vez mais substituída pela versão inglesa know-how (/now-haw/) com mesma objetividade, mas de tradução livre só um pouquinho diferente, significando saber-como.

Joshua Bell, um exímio exemplo de savoir-faire na arte de tocar violino. (Foto: Divulgação.)

O savoir-faire, know-how ou conhecimento-processual, como queiram, é uma terminologia atribuída a nossa habilidade ou conhecimento de executar um determinado trabalho e, geralmente, está relacionada com a área profissional de uma pessoa. Isto é, toda a metodologia ou tecnologia para se resolver um problema ou fazer uma tarefa está dentro do campo do savoir-faire (conhecimento processual).

Mas o savoir-faire difere dos outros dois tipos de conhecimento que, junto com ele, compõe os três tipos básicos de conhecimento, isto é, o conhecimento proposicional e o conhecimento de contato.

Exatamente isso, o conhecimento proposicional é aquele do qual um indivíduo sabe sobre fatos ou proposições verdadeiras. Já o conhecimento de contato é aquele com que um indivíduo sabe sobre um fato por ter tido contato com o objeto que lhe gerou o conhecimento. Para ficar mais claros, vou listar três situações diferentes onde esses três tipos essenciais de conhecimento atuam.

  1. Fernando sabe que a Terra gira em torno do Sol. (Conhecimento Proposicional);
  2. Fernando conhece (pessoalmente) a França. (Conhecimento de Contato);
  3. Fernando sabe tocar violão. (Conhecimento Processual ou Savoir-Faire).

Percebam que: no primeiro caso, Fernando adquiriu um conhecimento universal e verdadeiro sem precisar ter ido ao espaço sideral para ver (saber) que a Terra, de fato, gira em torno do Sol; já no segundo caso, muito embora todos possam saber coisas referentes à França sem ter que ir até lá através do conhecimento proposicional, Fernando, por ter ido de fato lá, adquiriu conhecimento de como é a França pelo contato direto que teve com o país durante sua estada; no último e derradeiro caso, Fernando tem um conhecimento de como se dá o processo de tocar violão, muito embora ele não precise de ter aptidão de fato para tocá-lo. Isto é, por exemplo, eu posso saber como fazer um bolo, utilizando uma receita de família, mas sem que para isso seja um boleiro nato que sabe fazer bolos 'profissionais' sem ter fazer uso uma receita sequer. Mas, em ambos os casos, tratam-se de savoir-faire, saber fazer por experiência ou aptidão nata.

Para concluir, é preciso fazer uma última consideração. O conhecimento por contato e o processual ou savoir-faire não “objetivam a verdade” como o conhecimento proposicional, elas são o conhecimento trivial das coisas, aquele que adquirimos pelas circunstâncias ou pelo desejo de aprimorarmos uma habilidade.

Então, alguém tem um savoir-faire como o seu? [Rsrs!]

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